quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

RJ: Trabalhadores em educação realizam ato unificado

Os trabalhadores em educação das escolas estaduais e municipais do Rio de Janeiro fizeram paralisação unificada na segunda (dia 24/2) e realizaram um ato pela manhã na porta da prefeitura e uma manifestação na Avenida Rio Branco, no centro da capital, da Candelária à Cinelândia, na parte da tarde. Ao final do ato, na Cinelândia, a categoria promoveu uma aula pública na praça para denunciar à população as condições da educação pública no Rio de Janeiro, tanto no âmbito municipal como no estadual.
Os dois atos contaram com a participação de centenas de trabalhadores e teve o apoio de estudantes e pais de alunos. Com faixas, bandeiras e uma bateria agitada os educadores entoaram combativas palavras de ordem contra os sistemáticos ataques dos governos desferidos contra a educação publica.
A gerência Eduardo Paes tentou desqualificar os atos dos educadores lançando uma nota mentirosa. Segundo a Seeduc, 135 servidores, de um total de 91 mil, faltaram ao trabalho. A nota ainda afirmava que a greve é “inoportuna”, já que os sindicatos estão em negociação com a secretaria.
A repressão policial, como de praxe, tentou intimidar o protesto e infiltrou agentes a paisana e também fardados para bisbilhotar e filmar os manifestantes. Alguns PMs utilizaram óculos com microcâmeras acopladas. Apenas novos recursos para auxiliar os cassetetes, bombas, armas de choque de balas de borracha e munição letal farta e inutilmente utilizados para tentar deter o contínuo protesto popular desde as jornadas de junho/julho do ano passado. Não passarão! 

 
Todo apoio a luta dos trabalhadores em educação do Rio de Janeiro!

Não vai ter copa”!



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Colégio Carlos Drummond de Andrade recebe Moção de Apoio

 

MOÇÃO DE APOIO AO DIRETOR, PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, PAIS E ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

O MOCLATE – Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação, no Paraná, ao tomar conhecimento da situação do Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade da cidade de Foz do Iguaçu-PR, vem manifestar total e irrestrito apoio à direção da escola em mobilizar a comunidade em defesa de um ambiente físico que possibilite o desenvolvimento da boa educação que os filhos dos trabalhadores merecem e tem o direito.
A situação de sucateamento do Colégio Carlos Drumond não é um fato isolado. Muitos colégios e escolas da rede estadual e das redes municipais passam pela mesma situação de abandono por parte do gerenciamento do Estado.
A precarização das condições do ensino público é uma constatação histórica em nosso país. Independentemente da sigla de plantão no gerenciamento do Estado a desculpa é a mesma: Dilma/PT etc. retira dinheiro da educação para a copa e outros eventos narcotizantes; Beto Richa/ Flávio Arns/PSDB e caterva retiram dinheiro das escolas para fomentar propagandas eleitoreiras. Enquanto os gerentes (Dilma, Richa et caterva) gastam rios de dinheiro público com propagandas e seus aliados eleitoreiros para seguirem servindo ao latifúndio, à grande burguesia e ao imperialismo, as escolas e hospitais estão completamente abandonados. As ruínas  das condições de trabalho no Colégio Carlos Drumond prejudicam o ensino e a aprendizagem dos filhos dos trabalhadores que lá estudam.
No ano de 2013 a defesa civil interditou o Colégio Carlos Drumond por falta de segurança dos estudantes e professores. Nesta ocasião os representantes do Estado se comprometeram a resolver o prolema. No entanto a situação não foi resolvida em que pese o esforço, a honestidade e a transparência do professor  Umberto que levou ao conhecimento do Núcleo da Secretaria de Estado da Educação e solicitou solução para o problema.
A omissão do Núcleo e da SEED é a principal responsável pelo sucateamento da escola. O MOCLATE apoia os trabalhadores da educação, os pais e os alunos do colégio em suas justas reivindicações e exige que o gerente da SEED, senhor Flávio Arns, deixe de conversa mole e blábláblá irresponsável como os proferidos por ele em ataques contra o professor Umberto. A histeria do senhor Flávio é o retrato da sua incompetência. Hoje é o colégio Drumond e no futuro bem próximo serão todas as escolas que se levantarão contra os inimigos do povo no gerenciamento do velho estado burguês-latifundiário a serviço do imperialismo.
O MOCLATE desafia o indivíduo Flávio Arns, que nunca deu aula numa escola pública, a tomar água depositada nas caixas de amiantum (cancerígeno) nas escolas que ele diz que está em boas condições; que este mesmo indivíduo vá comer a merenda escolar que é servida para os alunos ou que assuma uma sala de aula com 40 alunos com temperatura acima de 40 graus, recebendo o mísero piso salarial que os professores recebem.FIFA e Cia).
Repudiamos as declarações do secretário de Estado da Educação do Paraná, senhor Flávio Arns, que afirmou a um jornal televisivo no Paraná, na data de 10/02/2014, que o diretor da escola é que é incompetente. O indivíduo Flávio Arns e sua equipe é que são incompetentes. Não adianta senhores se esconderem atacando pessoas honestas e trabalhadores que de fato lutam para garantir a educação pública de qualidade em cada escola. Em defesa da dignidade e da honra dos trabalhadores em educação e dos alunos da escola pública dissemos não aos gerentes  do velho Estado.

EDUCAÇÃO SIM, COPA NÃO!

POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO DENTRO DAS ESCOLAS!

ABAIXO AS BRAVATAS DE FLÁVIO, RICHA ET CATERVA!

A NOSSA SOLIDARIEDADE E O NOSSO APOIO AO PROFESSOR UMBERTO E TODOS OS TRABALHADORES E ESTUDANTES DO COLÉGIO CARLOS DRUMOND CONTRA OS ATAQUES E A CONVERSA MOLE DO INDIVÍDUO FLÁVIO ARNS.


MOCLATE – MOVIMENTO CLASSISTA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


Pesquisa


Jovens estudantes brasileiros não querem ser professores

Levantamento mostra que 59,77% acham profissão desvalorizada e com más condições


Raquel Sodré





Ser professor do ensino básico não é uma alternativa para a maior parte dos estudantes brasileiros. É o que mostra pesquisa recente realizada pelo núcleo de estagiários e aprendizes Nube. A enquete online perguntou aos estudantes “você tem vontade de ser professor do ensino fundamental e médio?” e contou com a participação de 6.910 jovens. Desses, 40,08% responderam “não, é uma profissão cada vez mais desvalorizada”, e 19,69% marcaram a opção “Já tive vontade, mas desisti pelas más condições”.
“O que a pesquisa frisa é a imagem que o jovem tem do sistema de ensino no Brasil, que ele vê com descrédito. Esse jovem vê os colegas desacatando os professores e escolhe não ser professor”, analisa o psicólogo Henrique Ohl, que atua como analista de treinamento no Nube. As salas de aula refletem bem o resultado da pesquisa. Em uma das turmas de 1º ano do ensino médio do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em Ouro Preto, somente três dos 25 alunos presentes no dia da visita da reportagem de O TEMPO afirmaram ter vontade de ser professor. “Eu não seria porque minha mãe é professora e eu vejo o esforço que ela faz. Todos os dias, ela prepara as aulas e, muitas vezes, chega em casa chateada porque não consegue dar as aulas do jeito que ela havia planejado. Todo mundo desrespeita, é uma vergonha. E ela não recebe bem”, conta a estudante Clara Tossige, 16.
“Eu não tenho paciência para ser professora de adolescentes. Por ser desvalorizada também não seria professora. Acho que os professores deveriam receber mais pelo estresse que passam”, dispara a também estudante Iasmin de Paula, 17.

Desencontro. Outro fator que contribui para esse desinteresse é a distância que a escola tomou da realidade de crianças e adolescentes. “Há uma tendência (por parte dos estudantes) à negação da escola, pois ela tende a não reconhecer as especificidades do jovem”, comenta o integrante do Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Juarez Dayrell. Ele afirma que as escolas ignorarem o novo estilo de vida promovido pelos avanços tecnológicos também não contribui para uma melhor visão da instituição. “Hoje, o menino entra no Google e fica sabendo de qualquer assunto. A escola continua insistindo na transmissão – e não na produção – de conhecimento e se tornou muito chata”, condena.
A solução para esse conflito é apresentada pelos próprios estudantes. “Alguns professores conseguem fazer com que seus alunos tenham vontade de aprender. Diversificar o modo de ensino e sair um pouco do padrão algumas vezes já torna a aula interessante”, revela a estudante Letícia Anjos, 16. E essa quebra de protocolo pode ser feita mesmo sem o uso de tecnologias. “Muitas vezes, o professor insere as tecnologias na aula, mas de forma totalmente despreparada”, opina Lucas de Castro, 15.

Apagão. Com tamanho desinteresse por uma carreira de licenciatura, já é possível prever um “apagão” de professores. “Já demos um primeiro passo nessa direção. Segundo o Ministério de Educação e Cultura, temos um déficit de 180 mil profissionais para vagas de matemática, física e química”, afirma Ohl. Mas isso não significa que o Brasil ficará sem professores. “Essas vagas serão ocupadas por outros profissionais. Engenheiros para as aulas de física, por exemplo”.
Se, por um lado, os jovens não mostram vontade de ser professor, por outro, sabem que suas opiniões ainda têm muito a mudar. “Vocação não é alguma coisa que você tem, é algo que você vai adquirindo com a idade”, reflete o estudante Daniel Alves, 16, com a sabedoria de um professor.
19,5% dos estudantes fazem cursos de licenciatura, que lhes habilitam a dar aulas para o ensino básico.




Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/jovens-estudantes-brasileiros-n%C3%A3o-querem-ser-professores-1.786203